Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 4,7% da população brasileira sofre de algum tipo de transtorno alimentar. Entre os adolescentes os números são ainda mais alarmantes, em torno de 10%.
Os transtornos alimentares (bulimia, anorexia, compulsão alimentar) podem afetar qualquer pessoa, porém mulheres e adolescentes estão mais propensas a desenvolvê-los. Em muitos casos, por vergonha, o adolescente esconde sua condição da família e dos amigos e só busca ajuda quando o transtorno já passou para um nível mais grave.
No conteúdo de hoje iremos abordar de maneira aprofundada a relação entre os transtornos alimentares e a adolescência, apontando de maneira clara o que pode ser feito para que esse problema seja solucionado. Confira:
Porque o transtorno alimentar costuma surgir na adolescência
A adolescência é um período único em nossas vidas, onde vivemos uma espécie de montanha russa. Durante essa fase estamos lidando com uma explosão de sensações e emoções, por vezes desconhecidas, além de uma série de mudanças físicas, psicológicas e hormonais
Somente após os 20 anos de idade, que é o período em que nosso cérebro termina de se desenvolver completamente, que começamos a adquirir maturidade e passamos a ter uma percepção diferente da vida deixando de ser alvo fácil para os mais variados estímulos e condições, entre elas a cultura da magreza e o padrão de beleza imposto por uma sociedade doente.
Como esse assunto é um pouco delicado e extenso, gostaria de abordá-lo subdividindo-o em 3 partes:
- A adolescência, os transtornos alimentares e as mudanças hormonais;
- A adolescência, os transtornos alimentares e as mudanças físicas;
- A adolescência, os transtornos alimentares e as mudanças psicológicas.
A adolescência, os transtornos alimentares e as mudanças hormonais
A adolescência pode ser um período muito turbulento e cheio de descobertas. Durante esse período as taxas hormonais oscilam muito, tanto para os meninos como para as meninas.
O estresse aumenta devido a cobrança excessiva por um bom comportamento, podendo aumentar o cortisol, que em níveis mais elevados pode contribuir para o aumento de peso.
Essa mesma mudança hormonal pode influenciar o jovem indiretamente, já que por meio dessas mudanças hormonais podem surgir alguns problemas relacionados ao ganho de peso, aumento de altura e qualquer outra condição que diferencie e evidencie o jovem dentro de um grupo.
Para ser aceito em um grupo ele pode acabar desenvolvendo, de forma inconsciente, algum tipo de transtorno alimentar.
A adolescência, os transtornos alimentares e as mudanças físicas
As mudanças físicas são muito comuns durante a adolescência, seja com o surgimento de pêlos, desenvolvimento de determinadas partes do corpo, mudança da voz, ganho de altura e massa, entre outros.
Seja como for, muitas vezes o adolescente pode se sentir incomodado com essa mudança, seja pelos comentários e brincadeiras de pessoas próximas ou até mesmo por sua própria percepção daquilo que ele julga ser belo ou até mesmo pela simples estranheza da sua nova condição.
Em uma tentativa de mudar sua realidade física pode o adolescente pode também acabar desenvolvendo algum tipo de transtorno alimentar.
Por exemplo, jovens que sofrem com a bulimia podem ter desenvolvido esse transtorno justamente por conta dessa mudança física inicial, aliada ao desejo de comer e a culpa posterior.
A adolescência, os transtornos alimentares e as mudanças psicológicas.
Assim como as oscilações hormonais são intensas nessa fase, as oscilações psicológicas acompanham na mesma velocidade.
Embora os adolescentes se sintam adultos e donos da razão, não podemos esquecer que estamos falando de seres humanos que ainda não tem maturidade suficiente para entender tudo que acontece a eles. Estão em uma fase de transição e de muitas descobertas.
O desejo do adolescente de fazer parte de grupos e ser aceito só aumenta com a propagação da cultura da dieta, a supervalorização da magreza e dos corpos perfeitos principalmente através das redes sociais. Esse pode ser um fator extremamente relevante que afeta diretamente a questão psicológica do adolescente.
A partir disso os transtornos alimentares podem surgir como uma fuga ou então um caminho para se alcançar o objetivo desejado. Independente da natureza do caso
Como o transtorno alimentar pode ser resolvido
Não existe uma causa específica para o surgimento do problema. O que se sabe é que uma série de fatores como ambiente familiar, baixa autoestima, questões genéticas podem ser fatores de risco para o surgimento do transtorno.
É de extrema importância que os adultos que convivem com adolescentes fiquem atentos a rotina e ao comportamento do mesmo para que se possa identificar o transtorno e iniciar o tratamento o mais breve possível antes que o problema se torne grave podendo levar a morte tanto por problemas físicos como pelo suicídio.
O jovem precisa ser orientado, acolhido e direcionado para soluções positivas e jamais deve receber críticas duras, ameaças ou ser coagido à força. Isso não funcionará.
Além disso, a busca por uma equipe multidisciplinar com profissionais qualificados dentro de campos da nutrição, psiquiatria, psicologia e hipnoterapia pode fazer toda a diferença, já que darão o suporte necessário para que esse problema seja resolvido.
A hipnoterapia é uma ferramenta incrível, com resultados rápidos, que pode ajudar justamente por tratar o ser humano de forma individual entendendo e respeitando toda sua complexidade.
Acredite, vencer os transtornos alimentares é possível sim!
Caso tenha mais dúvidas sobre o assunto, fique à vontade para entrar em contato.
Conte comigo para o que precisar!
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